sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O vale do silêncio

Sozinho ao vale do silêncio desço,
Bem longe dos rumores deste mundo,
Onde o bulício externo desconheço,
E não escuto o seu chilrar jucundo.
Com meu Senhor a sós por esse vale,
O ciciar de Sua voz escuto ,
Qual vibração que a flor de manso
embale,
e supremo é o prazer que assim
desfruto.
No vale do silêncio há doces hinos
Que a linguagem humana não traduz,
Melodias de sons tão cristalinos
Que o violino de um gênio não produz,
Há gemas escondidas na montanha,
Só acessíveis na contemplação,
Ondas radiais que o ouvido só apanha
No doce enlevo da meditação.
Ao vale do silêncio, sem vanglória,
Vai com teu Deus, sozinho,te
encontrar;
Há de mostrar-te sua excelsa glória
Ou censurarte num magoado olhar.
Vai escutar ali celeste rádio
Com teu Senhor estando bem a sós,
E assim tranquilo, sob o teu paládio,
Escuta o céu a irradiar pra nós.
Autor: N. P. Neilsen
Fonte: A Hora Tranquila

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